15 de mar. de 2013

"Ainda vou te levar, proutro lugar, além do céu e do mar"

As pessoas não me entendem. Tive grandes períodos de solidão. E isso nunca veio de outro lugar que não fosse de mim. Embora houvesse paz no céu azul e claro do dia, era triste a solidão daquele céu cálido e vazio. Não havia uma núvem ou pássaro perdido que o cruzasse. E mesmo na paz imensa dos tipo de céu que se fazem à luz clara da manhã, eu ainda o sentia triste.
Meu coração sempre foi esse tipo de céu. Só houve um fôlego de ar de alívio quando eu estive nos braços de outro. E talvez eu nunca tenha respirado tão bem. Na verdade sei que não, nunca pude sorrir com a frequência que tenho sorrido.
Ele não é perfeito, não para os outros. Mas para mim ele é. Tão lindo no seu jeito particularmente dele.
Ele me faz sorrir o tempo todo e a risada dele me tem sido um objetivo. As vezes me olha com uma intensidade que me faz querer virar o rosto e não o entendo de me encarar tanto. Nos braços dele eu adormeço com tal facilidade que é como se eu nunca tivesse dormido assim na vida. Com ele converso por horas, o beijaria por horas a fim. Ele tem um jeito particularmente doce de acordar como uma criança que se recusa a acordar.
Passei batido por ele diversas vezes, ele foi um amigo fiel sempre. Sempre me escutou e eu nunca o cogitei. Hoje é difícil imaginar a vida sem ele. É como se o meu céu azul tivesse encontrado o eixo certo, o lugar perfeito. Sinto tanta certeza que chega a ser estranho.
E agora me pergunto, como pode ser que eu nunca soubesse viver sozinha? Meu coração sabia que ele viria? Seria ele o captor definitivo da paz que tanto precisei?
Ah, a clareza do céu agora me faz sorrir. Bem vinda felicidade.