23 de jan. de 2014

2014 e as férias diferentes...

Esse ano já começou em tom de mudança. Tudo já mudou em pleno dezembro. Conheci um cara que brilhou meus olhos, meus instintos e até alguns lugares que aqui dentro estavam dormindo. Mas foi um brilho leve, de quem deseja a mudança e a aventura acima de tudo. Mas como sempre, não dou muita sorte (nunca dei não é mesmo, sempre entro nas roubadas que eram pra dar errado).
As minhas férias foram acima de tudo, descanso. E depois, surpresa. Nunca na vida tanto ex-qualquer coisa reaparece (ex namorado, ex dono, ex PA e ex peguete). E por mais que a maioria das mulheres gritem de alegria de em férias com família que são uma profunda calmaria, eu não fiquei feliz com nenhum reaparecimento.  Tá, foi legal alguns reaparecerem, não vou tirar esse mérito.  Mas apenas um deles realmente mexeu comigo. Que não chega a ser reaparecimento, ele se negou a sumir, ele se negou a ir embora por mais que eu tente muito.
Todos esses ex's reaparecem e eu não sei direito ou não consigo enxergar a razão pela qual eles todos reapareceram. Eu sou tão fácil assim? Ou as pessoas sempre se lembram de mim? Não sei nem sequer se isso é positivo. Minhas tendências negativas não me deixam pensar diferente.
Sei que eu passei muitos dias das férias dividida. Tem esse novo, que o olhar tem aquela intensidade que eu preciso, a inteligência que eu aprecio, um jeito dominador claro (e ele nem sequer é consciente disso). Havia nele uma promessa silenciosa, de um sexo inesquecível com aquele toque assustador que sinto falta. Mas há nele também um ar estranho, e agora mesmo eu estando na mesma cidade, ele mal me procura, mal aparece. Talvez nem fique. E por ele eu tive sonhos imensos, de uma aventura que misturasse sexo pecaminoso e momentos puramente ternos e doces. Ainda não desisti mas a cada dia mais, esse sonho desvanece.
E há o outro, que não me larga, não me desgruda, que declara que sou sua, que tenta de todas as formas me convencer, que devemos tentar viver as coisas da forma como pudermos. Mas não consigo, porque por ele arde uma possessão, um desejo de que ele seja meu. E em muitos momentos eu sou dele, mas noutros dias sonho com um amor mais real. Engraçado agora entender que ano passado vivi a mesma situação que no ano retrasado. Homem casado. Mas nem posso fingir que dessa vez é igual, porque a mulher desse nem sabe que eu existo.
Mas quando estávamos conversando na cama hoje, eu quis tanto que aquele momento fosse mais natural, que acontecesse sempre e não mensalmente. Queria muito esse sotaque carioca no meu ouvido mais dias. Queria essa calma que sinto perto dele, esse sexo avassalador que deixa minhas pernas molengas, esse cheiro dele que parece grudar em tudo. Nunca na vida me senti tão à vontade com alguém.
No fim, sei que preciso me desvencilhar de tudo e seguir um outro rumo. Um caminho que me traga outras pessoas, outra aventuras. Agora desejo aventuras que eu me envolva emocionalmente e que seja possível amar como em outros tempo, amor despreocupado, amor leve, amor que dorme junto, que sonha possibilidades.
Quero que outro vez eu possa sonhar em ser feliz. E não me contentar em apesar devanear.
Chega de férias, hora de trabalho!