18 de dez. de 2013

I see fire inside a mountain (trila sonora de senhor dos anéis)

Tema desse dia: amor.
Será que muda? Acaba sempre sendo sobre isso. Acho que o resto eu consigo me abrir de verdade para os meus amigos, mas acho que esse assunto sempre vai ser mais meu. Tá, o meu melhor amigo sabe, mas não sabe tudo. Eu sempre acabo guardando vários pensamentos para mim mesma.
Mais um livro, mais uma história para digerir.
Antes meu romances eram uma forma de fugir dos meus amores desgrenhados e errados, e eu podia sonhar por uns dias em ser aquela menina dos livros. Meus livros eram minha fuga, agora eles são uma fuga que também me atormenta por não conseguir viver o meu.
Seria também um erro dizer que eu não tive amores. Tive alguns, mas o mais próximo que tive de um romance digno de ser publicado, aconteceu faz 5 anos. E forma apenas 15 dias. E agora não consigo mais lembrar o gosto daquela boca ou como era incrível fazer amor no chão à luz da lua. Tudo parece tão distante que nem parece meu.
E eu me pergunto porque ninguém depois dele conseguiu me deixar viver de novo, mesmo que fosse por 15 dias apenas, aquele ar de que éramos só nós, que não existia amanhã, não existia nada depois dele.
E esse sensação já me é tão fraca, que perdi o ar só de lembra, mas na época esse sentimento de preenchimento, de liberdade, de amor profundo, me fazia sentir coisas que nem sei explicar. E também sei que quando vi que era o fim daquilo tudo, foi a primeira vez que senti uma dor física ali no peito, como se realmente algo aqui dentro tivesse quebrado. Me lembro até de ter pensado que eu estava tendo um infarto, porque doía ali dentro do peito, uma dor real, não era psicológica.
E agora eu lembro disso tudo, e sei que eu daria muito para sentir aquele frio na barriga de lembrar do cheiro da pessoa, de olhar para a pessoa e não conseguir pensar em nada, apenas sentir.
E eu queria muito poder sentir tudo isso. Mas hoje eu não tenho nada além de mim.
E a cada dia, devo dizer que me apaixono mais por mim.
Estou extasiada com minha determinação em mudar, em conquistar as coisas que eu quis mas antes não acreditava ser possível. Sinto esses dias uma confiança incrível em mim, como se eu tivesse me escondido de mim. E agora me descubro muito maior.
Encaro todos os momentos escuros e frios que vivi sozinha, os dias que eu desejei tanto não ter nascido, o tempo que eu não conseguia encarar o espelho sem sentir um ódio pelo rosto que eu via.
E hoje olho e vejo um rosto que amo e defendo com todas as letras. Vejo uma pessoa forte, que ainda tem pra crescer, mas que é capaz de tudo. Vejo uma mulher linda por dentro e por fora, que já sabe se defender das pessoas que aparecem e não me oferecem o que mereço. Mas vejo que também sou justa o suficiente pra deixar as pessoas tentarem.
Então vejo que hoje sou uma montanha enorme, cheia de segredos, detalhes, desejos e histórias, que vibra com um fogo interminável que não se cansa de desejar mais da vida, mais de si mesma, que deseja descobrir muitas coisas sobre si e sobre o mundo.
E eu sinto que 2014 vai me trazer mais histórias, mais novidades, mais aventuras, e quem sabe (eu peço na verdade rs) um grande amor pra me abalar por completo (e que seja regado a sexo incrível, amor desmedido e momentos memoráveis).
Música tema do texto...

13 de dez. de 2013

Sad

É, dessa vez eu fiz diferente. E eu nem deveria escrever aqui, mas sinceramente não vou deixar ninguém tirar de mim esse espaço de desabafo que as vezes é tudo o que tenho. E eu preciso mesmo tirar tudo isso que esta na minha cabeça antes que eu faça alguma merda.
Pela primeira vez na minha vida inteira, resolvi escolher o silêncio. Porque estou cansada de ser a pessoa que sempre quer sentar e conversar e resolver.
E na verdade não há muito o que se dizer. Eu já tinha dito um bocado de coisas e ele respondeu com "hummmmm" e silêncios.
Eu cometi o erro mais básico de todos: embarcar numa barca furada, em algo que claramente não tem futuro. E achei que ia conseguir levar. Porque mesmo?
E ai cometi outros erros, me deixei envolver sentimentalmente com uma pessoa que já tem uma pessoa pra chamar de "minha". E várias crianças pra o chamar de Pai.
Mas também não vou colocar como se fosse tudo idéia dele, sei que o meu instinto estava gritando de vontade por ele quando eu tentei de tudo quanto foi jeito me afastar, mas ele simplesmente não saía da minha cabeça, e creio que ele sentia que eu ia ceder.
E o sexo foi fantástico, nunca na vida um cara conseguiu de fato me saciar, e isso eu vou guardar comigo. Até pq eu sempre achei que isso não ia acontecer com facilidade. Ele me encheu de vontades, de tesão, de fantasias e fetiches. Achei que a química da gente era boa. Ele me fez sentir sensações que eu não tinha tido com ninguém. Orgasmos muito diferentes.
E tinha tudo pra ser um PA (pinto amigo ou fuck buddy) maravilhoso, ele fazia o trabalho e bem demais, muito ao contrário dos outros PAs que tive que larguei. O Xoxó mesmo queria que só eu fizesse todo o trabalho.
Mas numa relação de sexo casual não pode haver sentimento certo? E eu sempre achei que tinha que ser assim, e continuo achando. Mas a gente se falava todo dia, eu me apeguei, ele me levou pra almoçar, foi todo carinhoso e eu fiz o que: o típico, comecei a pensar como seria se ele fosse meu.
Ai meu amigo, é ladeira abaixo. Rolou sentimento, a merda já tá feita. E eu joguei altas cordas pra saber se isso era só do meu lado e ele fez o que: respondeu com "hummm" e silêncios.
E faz muito tempo que ele mesmo me disse que se a gente não aguentasse a situação, isso ia ter que acabar.
Então eu simplesmente fui embora. Porque estou cansada. Cansada de receber menos do que mereço, menos do que quero. Tou cansada de ninguém querer saber o que quero ou demonstrar que realmente gosta de mim. Cansei das migalhas.
Eu realmente me acho uma garota legal, uma boa mulher, e uma boa pessoa. E eu mereço alguém que queira me dar possibilidades, que queira ficar vendo TV no sofá enquanto eu o atiço num sábado a noite, ou que queira tirar uma soneca no domingo à tarde. Mereço alguém que realmente lute por mim porque eu acho que sou algo que se valha a pena manter. O único que fez isso foi o babaca do militar e fez pelos motivos errados, ele não queria perder as mordomias de ter uma namorada que faz tudo.
E ai agora tenho que escutar dos meus amigos que eu tenho que me preservar, tenho que ser arisca e não cair na cama do cara de primeira.
Que se foda isso, eu não vou deixar de ser eu mesma, sempre fui assim, fiz quando tinha vontade e quando não tinha vontade não fiz. Me entrego e não me arrependo, quero preservar minha impulsão num mundo de gente controlada. Se eu fosse uma pessoa com medo, não teria metade das histórias que tenho e não teria a experiência que tenho. Gosto de ser assim. Não vou deixar ninguém e nem nada me fazer ser uma pessoa diferente.
Mas eu entendo meu melhor amigo, ele diz isso porque o mundo é assim, as pessoas só dão valor no difícil, no complicado. Ou pior, só dão valor quando perdem.
E eu espero que debaixo de alguma pedra, num lugar distante ou até numa fila de banco exista alguém assim como eu, que veja alguém que goste e dê valor nisso só porque gosta, não porque ela é a única no mundo.
Tou deprimida? Maromeno. Nada como se concentrar nos problemas dos outros para esquecer os meus.
Vai durar uns dias, vou ficar pensando milhões de coisas, oscilar entre "Ele não sentia nada, só não queria perder o sexo fácil. Ele até podia ter outras." e entre "Talvez ele só esteja esperando pra saber, talvez ele goste de mim".
Mas de uma coisa eu sei: ele não pode ser meu, então não vou entrar numa corrida que eu já sei que vou perder.
Vou dormir e me dar uma descanso.

2 de dez. de 2013

Sofrendo de amor por não poder amar

Ridículo eu estar aqui sentada, mas se eu continuar remoendo mais coisas na minha cabeça, vou ouvir o despertador dar 5:50 e não vou ter dormido nada.
O fato é: eu faz não muito tempo estava vivendo o meu conto de fadas, tinha um amor pra chamar de meu. Ele era perfeito, droga, era tudo o que eu queria. Foi diferente de todos, porque antes dele, os outros, eu amei mas sempre tive minhas dúvidas. Ele eu não duvidei. Nenhum segundo. Ele era carinhoso, enxergava meus momentos carentes e sabia me dar colo justamente quando eu precisava. Sabia cuidar de mim, sabia fazer aquelas pequenas coisas que pra mim são gigantes. Ele era tudo o que uma mulher podia querer. No sentido emocional da coisa. O único, ou melhor, os únicos problemas eram o sexo, que não era lá essas coisas. E as bebidas. O segundo pior que o primeiro, porque ele não era o mestre da penetração, mas nenhum homem fez as preliminares que ele fazia. Era de enlouquecer. E a nossa primeira noite tá gravada como ferro na minha mente. Nunca fui beijava da cabeça aos pés, inclusive os dedos dos pés. Era como se ele realmente reverenciasse aquele momento. E quando ele disse "você não sabe o quanto eu imaginei esse momento com você aqui na minha cama", bem foi ali que ele me ganhou. E o jeito lindo que ele acordava de manhã, ou me procurava pra abraçar a noite. Ah sim, o fato dele ser o único homem que eu realmente conseguia dormir, era abraçar ele e adormecer mesmo sem o menor sono. Puta falta que eu sinto. Eu adorava simplesmente estar na companhia dele. Mas tudo foi pelo buraco mais rápido do que eu pensava, ele bebia e virava outra pessoa, e eu simplesmente não suportava a agonia de não poder confiar nele com a bebida, e ele não conseguia ficar sem beber. Eu terminei muito rápido e me sinto orgulhosa de ter conseguido ver que aquilo tudo teria um final pior pra mim e que o melhor foi ter ido embora o mais rápido o possível. Eu me salvei. Foi um ato de coragem imensa, considerando meu histórico. A Lu de cinco anos atrás teria esperado uma merda pra realmente dar o pé na bunda.
E cá estou eu, numa situação até engraçada, estou saindo com um cara que não pode ser meu, porque ele quer alguém definitivo, e eu não posso ser essa pessoa. Por um questão bem clara: filhos. Ele tem três, eu nenhum. E eu um dia vou querer os meus. E ele não quer mais. Então a gente nem deveria estar saindo, mas estamos. Apesar de um mês de conversa. Finalmente, eu tava num tesão insano por ele, e acabei saindo. E estamos saindo. Bom, melhor dizendo, estamos indo pro motel e se falando todo dia de segunda a sexta. E bem agora eu estou num poço fundo de carência e pensando nele. Mas eu não posso amar ele, porque ele não vai ficar, porque tudo o que fazemos é pouco pra realmente me conquistar. E eu preciso de mais. E ambos sabemos que isso não vai dar certo. Mas pra ele tá ótimo, eu suporto as limitações, e continuo dando. E cá estou agoniada.
E o mais incrível, é que eu tenho me esforçado incrivelmente pra sair com outras pessoas, conheci outros caras, até transei com outra pessoa nesse meio tempo, um ex affari, só pra provar pra mim que não é só ele. Saí com muitos caras, mas eles não tem tempo ou me enrolam, nem sei mais. Até acho que estou pagando papel de panaca e mendigando sair com eles. Sei que eu tento sair com outros caras, e até saí, mas todos passaram nesses últimos dois meses e só ele ficou. E o sexo com ele não é bom, colega, é sen-sa-cio-nal. Tipo isso, nunca vi ninguém transar como ele. Ele tem sido o meu material para todas as fantasias, mas como não temos intimidade, eu não consigo dar aquele impulsos meus pra fazer essas fantasias todas. E ele nunca pode sair comigo, eu sou só a outra. E até acho que ele tenta me manter ali, na linha onde ele pode ligar pra comer sem  que eu reclame muito. Mas só eu sei como tá difícil não sentir mais do que o necessário.
E eu sei que amanhã cedo ele vai me dar bom dia, talvez mais tarde, e eu vou estar um poço de carência, e vou ter que dar um jeito pra dispensar ele. Porque manter ele perto assim carente, é só mais combustível pra eu sentir mais do que eu deveria.
E fico questionando a roda da vida, e pra piorar, fico lendo esse romances que tudo fica lindo no final. Merda.
Fico aqui sentindo uma puta saudade das borboletas que eu sentia com o ex, aquele jeito fantástico que ele beijava. Mas eu sei que ele não é o cara pra ser. E eu preciso muito arranjar coragem pra terminar essa coisa com esse outro, porque enrolar mais vai me machucar mais.
Merda, merda dupla. Merda ao cubo.
E eu estou aqui querendo amar alguém que não existe, que talvez um dia vá chegar.
Saudade de amar. Sofrendo de amor, por não pode amar. Sou ou não um confusão?

7 de out. de 2013

Discurso triste de um domingo à noite

Odeio domingos, especialmente os domingos à noite. Porque à não muito tempo atrás eu costumava ter companhia no domingo. E agora essa pessoa parece um sonho embaçado de anos atrás.
Droga, odeio me sentir assim, necessitada de sentir. Sempre existe essa ânsia de sentir. Sentir fogo, paixão, desejo, amor. Sou viciada em sentir. Talvez ninguém entenda direito e nem eu.
E cá estou eu, depois de engolir mais um livro recheado de sexo e paixão e me sentindo completamente vazia. Porque diabos a vida tem que ser tão perfeita e acidentalmente feliz nos livros e no real eu estar me sentindo assim? Me sinto perdida. Porque eu quero sentir.
Existem tantas coisas que quero sentir. Prazer, gozo, mas acima de tudo as variações. Quero noites sendo devorada por um anseio imenso de alguém por mim, mas quero ser igualmente cuidada, amada e apreciada.
E talvez, por isso, me iluda por pessoas como ele.
Ele é problema, simplesmente pela conjunção de coisas que ele é, chefe de uma empresa, pai de 3 crianças, marido da mãe dessas crianças. Só que ele desperta desejo em mim e eu fico aqui, em mil expectativas. Tem tanto tempo que eu não sinto essas coisas. Diabos, eu não sentia isso com o ex. Ele era meu companheiro, meu amigo, mas não era meu amante. Não me fazia acordar as 5 da manhã completamente molhada por sonhar com ele. Esse cara faz isso. Sei de longe que isso é problema, que eu deveria ficar sozinha e ir andando com tudo, mas não consigo me desligar dele, que droga!
Quando ele escreve as mensagens picantes falando da fome dele de me ter, que merda, o centro no meio das minhas pernas contrai em resposta. Quando ele manda bom dia é tão gostoso. Mas é imensamente ruim o fato de ele sumir o fim de semana todo. Eu sinto falta dele. E eu continuo fantasiando sobre a nossa noite que ainda vai acontecer.
Primeiramente, eu recusei, saí correndo, falei pra gente se afastar, porque eu não quero me envolver nos problemas de ninguém e sabe, eu realmente acho que eu valho o bastante pra ter alguém disponível pra mim. Mas eu não consegui ficar sem falar com ele. Ele está constantemente nos meus pensamentos. E então ele disse que quer terminar com ela, mas que é complicado porque ela mora com ele, ele fala tanto que precisa, que sonha comigo que está sofrendo com isso tudo tanto quanto eu.
Quando éramos amigos e ele disse que ia voltar de novo com ela, eu falei que era melhor ele tentar com ela sem envolver as crianças, mas eu entendo ele. Ele queria dar uma família pros filhos mas ninguém consegue fazer isso se sacrificando.
E quando ele me beijou naquele dia que veio aqui, que diabos foi aquele gemido que deu quando me beijou? Acendeu todos os meus neurônios motores e meu corpo arrepiou de baixo pra cima. E desde então sonho em realmente tocar aquela ereção que eu só senti com o corpo quando ele me abraçava forte.
Dias me aliviando sozinha e imaginando como vai ser a sensação de agarrar aquela ereção com minhas mãos e chegando ao clímax potente e sozinha apenas com a mera imaginação dele.
Puta que pariu.
E agora estou aqui, com meu corpo carente de alivio, pensando fortemente dele e não podendo sequer mandar uma mensagem, sabendo que ele também fica louco quando eu digo o quão faminta estou dele.
Primeiro eu decidi não encontrar, agora eu não consigo evitar, preciso tirar isso da cabeça e do corpo.
Preciso de uma noite inteira, confesso, mas acredito que ai então terei alivio. Ou quem sabe umas duas noites.
Mas o alivio que eu queria está longe de chegar, alivio de morder, bater, apanhar e ser mordida, chegar ao clímax várias vezes, mas só isso é vazio. Quero deitar abraçada e sentir o cheiro do outro, e sentir todas as coisas que agora pulsam de vontade por apenas ler tudo aquilo.
Merda. Eu preciso dormir.

3 de set. de 2013

Estilhaços

Tudo em mil pedaços pelo chão, agora encaro o teto e fecho os olhos em busca de alguma paz que deve haver escondida em meio à tanta destruição. Talvez o proprio caos guarde em si uma especie de paz. Fotos perdidas, deletadas, partidas pelo chão e paredes. Planos queimados, sujos e rasgados semi pendurados pelas paredes. Como a mundo muda tanto em tão pouco tempo? Como a figura que antes me inspirava tanto agora parece um fantasma estranho, uma forma disforme e deforme. Agora o meu mundo se encontra em estilhaços no chão sujo dessa sala mal iluminada pelo céu nublado de hoje. Visão que já aconteceu antes mas agora me deixa anestesiada, de novo? Como?
Me sinto em pedaços, me sinto despedaçada por dento onde ninguém consegue ver ou notar.
Quero a solidão dos dias dentro do quarto, cortina fechadas e apenas o cheiro de sono no ar. Quero pensar e digerir tudo sozinha, minhas culpas, meus erros, as culpas dele e os erros dele, as nossas culpas e os nossos erros. Separar tudo em muitas caixinhas que depois eu possa guardar em algum lugar e esquecer.
Nao ando dormindo bem, durmo mas pareço nao descansar. Nada parece apaziguar esse vazio. Um buraco enorme que nao dói. Antes, quando se abria esses buracos em mim doía com tanta intensidade, agora já nao sinto tão cortado e costurado este pedaço de pele escondido dos olhos alheios.
Haverá então solução? Haverá alguém que me eleve mais que esta ultima vez e então me jogue no chão tão rápido quanto me levantou, tal qual ele?
Nao sei. Só sei que eu desejo paz, quietude. Silencio. Luto.

24 de jul. de 2013

Paz enfim....

Acho que todo mundo merece um final feliz enfim. Acho, aliás, tenho a plena certeza de que encontrei.
Cinco meses e a cada dia fica mais difícil respirar quando ele não está perto. Nunca dormi tão bem na minha vida, na companhia de alguém.
Ele não é perfeito, faz burradas, e até vacila feio. Mas eu acredito nele. Tenho uma fé imensa de que agora eu encontrei quem eu quero estar o resto da vida. Alguém que sabe o real significado de amizade, de companheirismo, de cuidar do outro, de me fazer feliz. Parece a missão dele me fazer rir e cuidar de mim o tempo todo. Nunca me amaram assim, como eu amo. Nunca me senti tão apreciada, cuidada, amada de todas as formas.
Temos nossos problemas, que casal não tem? Mas a humildade dele em assumir os erros é incrível. Ele realmente se esforça por fazer o melhor.
Sei também que ele ainda carrega muitas cicatrizes das pessoas que vieram antes de mim. Eu também tenho as minhas. Mas a gente tem resolvido bem.
Encontrei o companheiro perfeito, o homem que é perfeito em suas imperfeições, que me ensina e que tem tantas facetas, ora tão menino, ora tão homem.
Me sinto segura, feliz, em paz. Mais calma.
Temos planos, quem não faz planos? Sem planos não somos nada. Muito no futuro e as vezes eu fico agoniada porque pela primeira vez em minha vida inteiro, desejo que esses planos se concretizem amanhã.
Quero a nossa casa, quero a nossa paz de ver filmes e comer minhas comidas. Quero a nossa vida que a gente tanto quer.
Ele já foi casado e isso me faz pensar muito. Ele já teve experiências mais duradouras que as minhas. Mas as vezes parece que ele foi surrado por todas elas.
Talvez por isso eu sinta tanta necessidade de mostrar que pode ser diferente para ele.
Eu o amo, o amo em sua complexidade e por vezes, simplicidade.
Nunca vou conseguir entendê-lo por completo, desvendar tudo. E talvez eu também seja assim para ele.
Mas temos todo o tempo do mundo para isso.

15 de mar. de 2013

"Ainda vou te levar, proutro lugar, além do céu e do mar"

As pessoas não me entendem. Tive grandes períodos de solidão. E isso nunca veio de outro lugar que não fosse de mim. Embora houvesse paz no céu azul e claro do dia, era triste a solidão daquele céu cálido e vazio. Não havia uma núvem ou pássaro perdido que o cruzasse. E mesmo na paz imensa dos tipo de céu que se fazem à luz clara da manhã, eu ainda o sentia triste.
Meu coração sempre foi esse tipo de céu. Só houve um fôlego de ar de alívio quando eu estive nos braços de outro. E talvez eu nunca tenha respirado tão bem. Na verdade sei que não, nunca pude sorrir com a frequência que tenho sorrido.
Ele não é perfeito, não para os outros. Mas para mim ele é. Tão lindo no seu jeito particularmente dele.
Ele me faz sorrir o tempo todo e a risada dele me tem sido um objetivo. As vezes me olha com uma intensidade que me faz querer virar o rosto e não o entendo de me encarar tanto. Nos braços dele eu adormeço com tal facilidade que é como se eu nunca tivesse dormido assim na vida. Com ele converso por horas, o beijaria por horas a fim. Ele tem um jeito particularmente doce de acordar como uma criança que se recusa a acordar.
Passei batido por ele diversas vezes, ele foi um amigo fiel sempre. Sempre me escutou e eu nunca o cogitei. Hoje é difícil imaginar a vida sem ele. É como se o meu céu azul tivesse encontrado o eixo certo, o lugar perfeito. Sinto tanta certeza que chega a ser estranho.
E agora me pergunto, como pode ser que eu nunca soubesse viver sozinha? Meu coração sabia que ele viria? Seria ele o captor definitivo da paz que tanto precisei?
Ah, a clareza do céu agora me faz sorrir. Bem vinda felicidade.