31 de jan. de 2012

Madrugadas

Embora as madrugadas sejam escassas, cá estou eu acordada. Tanto e tão pouco tem acontecido. Não me admira que ainda passe tempo refletindo sobre o passado. É necessário buscar outros rumos, minhas reflexões sobre o passado de nada me serviram. Só me entristecem mais por não haver respostas. Sim, sou um ser que vive de respostas. E a falta delas me angustia. Sou lógica, sou racional, matemática e por isso é difícil deixar as perguntas por aí, caladas. Ainda tento entender os fios misteriosos e transparentes que conduzem meu destino. Tento humildemente aceitar a volatilidade da vida, mas num mundo como o meu, fica cada vez mais difícil se conformar. Recebo notícias fulgurantes, eu diria. Algumas de pessoas que eu havia esquecido, outras de pessoas que eu gostaria de esquecer, mas tento ser apenas complacente, escutar e não reproduzir. Hoje tento abraçar as asas do desconhecido e adormecer, a vida vai continuar me surpreendendo. Quem sabe ali, depois da curva, eu encontre um pedaço de paraíso?

20 de jan. de 2012

Um novo horizonte...

O fim de semana vai ser movimentado. Vários encontros. Muitos rapazes. E apenas uma expectativa: me divertir. Sei lá, conhecer alguém é trabalhoso. Mas sempre valeu a pena. Hoje vou ir ao cinema, domingo vou ao café. Dois rapazes, duas pessoas diferentes. Ambos bonitos, um deles mais inteligente, do tipo que realmente gosta de conversar! E isso sempre é bom, não interessa o resto. O outro, mais físico, muito mais focado. Mais na minha idade. Mas idade também nunca fez tanta diferença, apesar de já ter usado essa desculpa outras vezes.
Enfim, estou me abrindo a novas oportunidades, novas chances de me divertir. Amar? Não, isso requer tempo, isso requer esforço. Todo o resto depois disso será imprevisível. Sou uma pessoa mudada, o que posso dizer? Já esperei tempo demais pra saber que somos nós os comandantes deste barco chamado destino. Sem os meus comandos, eles fatalmente parará. E quem sou eu pra conseguir frear o fluxo constante que é minha vida?
O passado fica aonde está. Parte dele me espera em breve, mas não posso sentar e esperar que um dia alguém vá de fato lutar por mim. Cansei dessa espera. As pessoas não sabem dar valor nunca, as vezes só quando perdem de verdade. É chegada a hora de seguir o fluxo das águas turbulentas do atlântico sul e procurar novos mares, novas experiências novas descobertas. Estou orgulhosa de mim por estar sendo tão desapegada do meu passado. Outros tempos eu me prendi a eles e só soube respirar o ar empeirado das lembranças guardadas em livros. Hoje é outro tempo! Tempo de ar fresco, de novos horizontes...

17 de jan. de 2012

Muitas conclusões para a sorte de poucos dias...

Dias sozinha em casa, indo trabalhar e voltando.  Mas muitas horas sem fazer nada. Faço o que uma mulher faz de melhor em seu tempo livre: penso merda.
Fato que o assunto ex-namorado é o menos de todo. Estranhamente, senti falta de outros ex, mas deste a falta é diferente. Era o costume de falar. Mas falta da pessoa? Não. Posso afirmar isso. E me sinto triste de dizer isso, porque isso talvez signifique que eu não gostava tanto assim dele. Ou pior: que ele nunca fez falta. Nem quando a gente estava junto.
Esse assunto está finalizado, sinto-me na realidade um bocado idiota por ter insistido naquele relacionamento fadado ao fracasso. Se tivéssemos terminado de verdade da primeira vez, eu teria me poupado de toda a babaquice. E é muito triste não ter uma boa lembrança boa que eu lembre totalmente como boa, sempre tem um "mas".
O assunto flash back de férias é outro que finalizo hoje. Meu coração se recusa a voltar a ter os velhos sentimentos por alguém que nunca me procura, por alguém que desistiu. Afinal, acho que sou rancorosa. Não o imagino em meu futuro, e talvez eu esteja me travando a sequer pensar nisso. Porque ambos sabemos, eu e meu coração, de que a chances de isso sequer dar certo é pouca. E dele sim, sinto falta. Apesar do pouco tempo que sempre temos, é com ele que eu desejo ter mais tempo. Ao menos para que quando eu me fosse embora, eu fosse de cabeça em pé, certa de que estou abandonando algo que não vai me dar futuro. E essa dúvida é o olhar que ainda tenho, ao olhar para trás sem saber de que o faço certo. Mas aprendi no último ano de que se meu coração está pedindo para irmos, devo obedecê-lo. Geralmente quando ele me pede tal coisa, é por saber melhor que eu que é chegado o tempo de ir.
Meu coração está aberto, mas certamente mais frio. Meu desejo agora tem sido por coisas simples, momentos a dois que ainda não vivi. Um pouco do tipo dos que vivi. Mas certamente a chegada de alguém que cuja relação seja leve, gostosa. prazerosa. Chega de canseira!

14 de jan. de 2012

O meu poeta.

Ontem sonhei com meu poeta. Aquele que senta sob a luz fraca de uma vela e cuja inspiração transborda as folhas do papel. Nunca fui poeta, minhas linhas não se rimam, mesmo que eu tente. Sou feita de um material mais duro como as capas dos livros, que me tentam á lê-los. Mas ainda sim sonhei com um poeta.
Meu poeta não tinha cabelos loiros, não era etéreo, era real, seus cabelos eram pretos e longos, e cobriam apenas seus ombros. Os olhos do meu poeta não eram docemente azuis ou alegremente verdes, porque o poeta deve ser alegre mas também deve sofrer. Os olhos dele eram negros como a noite, companheiros dos amantes e dos sozinhos. Seu sorriso é mágico, embora viva escondido. Sua pele é branca, mas nem tão branca assim. Ele é queimado dos dias de amor ao sol, e fervido em noites de amor à luz da lua. Sua pele é adocicada de afagos e carinhos e perfumada com as suas lágrimas. Meu poeta sabe amar, embora nunca me diga. Ele sabe olhar dentro dos meus olhos e roubar o meu sorriso. Sabe gravar em minha pele suas letras, sabe rodopiar com meu coração. Meu poeta não é jovem e nem é velho, apenas na idade certa para me compreender e na certa para me acompanhar.
Ontem era noite, e ele se sentava à beira-mar e me escrevia. Se descrevia entre linhas negras, borradas mas compreensíveis, assim como o coração dele. Ele me dizia que o amor nem sempre é fácil, me dizia que eu deveria esperar para ele viesse me buscar. Me dizia que o mar é grande e que seu medo ainda maior. Que ele ainda era longe mas queria ser perto. Me dizia "coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar" e me dizia que mesmo diferentes, nossas almas é que se assemelhavam.
Ontem a noite ouvi meu poeta sussurrar ao vento da noite que me trouxesse seu beijo, que jamais o esquecesse sem mesmo o ter conhecido, e me dizia que um dia iríamos nos encontrar.
Ontem, acordei. Vi me sozinha à sussurrar entre ás lágrimas que me ocorriam, que uma vez que o tivesse conhecido, jamais o deixaria de amar. Então vi que já fizera essa promessa uma vez na vida. E vi que ainda a cumpria. Pedi então ao vento que me levasse desse mundo, que me deixasse ali, que me encontrasse com meu poeta. Então o vento sumiu e eu fiquei sozinha ao som da chuva, sonhando com meu poeta.

Hiding behind my smile...


Sometimes, life gets hard. It’s normal, we all get the opportunity to feel that way. And for sure, we all are going to sit and sufer.We all feel stuck in some road, feeling like there is no other way to go. What we need in those moments is patience, the strength to hold our feet on the ground. In some moment the tide is going to turn, the sun is going to come up, and it all will change. Sometimes, not the change that you were wishing for, but what is necessary.
But you have to believe. You have to have faith. Faith in your intuition, in your heart. Sometimes, even our hearts can make mistakes. Sometimes even the brighter day can be cloudy. We just hope that the clouds go away so we can see clearly again.
My heart is a joke, he likes to play games with me. He always chooses the wrong guy or the wrong moment. He has been my companion for this whole life, and he has been my most truth friend. But even can he play with mind. Even can he be my enemy. The only problem is that I can’t order him in most of the moments.
I’m a solution person. I would like to give the solution, even a scape. But I can’t hide from myself. I can’t hide from my memories. And they have been my greatest and only hope, and also been my worst enemy. Once you taste the better wine, you won’t accept the worst.
Just for now, I wish for the universe, actually, I pray for the universe, for God, for the power that rules this universe, that some peace may be found for me. Some peace for my heart, for my soul. No more pain is necessary, although I know that I’m very far from this. But, I’ll never know if I never try.

10 de jan. de 2012

"Te espero no Farol pra ver o sol se pôr"

Por mais que eu tente prever, a vida tem suas próprias arapucas. Fui para as férias ainda tentando digerir o resto que me faltava. Mas parece que lá a digestão ficou mais difícil. Me peguei ainda tentando entender o que eu fiz de errado, ainda tentando matar o que restava de lembranças (mesmo essas que cheiravam podre, nos meus momentos de álcool vieram me atormentar).
E eu vi que realmente, tudo tem sua hora, o seu porque, meu poder no destino é nulo. Ele lança suas garras e agarra a ponta de meu pé, fazendo com que eu encare o céu e de uma vez por todas entenda que é assim que o mundo funciona.
Tenho tocado tantas bocas e todas me pareceram de isopor, só a dele que não. Quando meu medo de finalmente ter ficado seco, que ninguém ia conseguir encostar nos meus sentimentos, ele foi lá p me provar de que ele pode. Mas mesmo assim, o toque foi sutil, arrepiou minha alma, mas essa história é velha. Ainda fica aquela sensação de que nunca saberemos o que nos é reservado. Talvez essa história seja uma peça chave em minha vida, no momento ela apenas me deixa pensando. No fim, deixo tudo como está, ele morando em meu pensamento até que seja tampado por outra pessoa. Ele nunca vai ser meu, nunca saberemos se realmente daríamos certo. O fato é que vou ter que lidar com isso sozinha.
Volto pra casa de coração confuso, vontades vazias, sem esperanças de que eu consiga entender algo da minha vida. Me prendo na única conclusão à que cheguei à 3 anos: quem ama não desiste, de alguma forma temos que lutar. E eu nunca mais vou lutar sozinha. Portanto, eu já meio que desisti.
Sim, ainda que não haja respostas ainda, sei reconhecer que os velhos sentimentos permanecem. "However far away, I will always love you, However long I stay, I will always love you".