30 de set. de 2011

Minha alma.

A alma é a mente do corpo. Na sua essência encontro as perguntas e o suave farfalhar das folhas que trazem as respostas. Mas elas nunca podem ser lidas. No vento e sob pouca luz, elas ainda permanecem num linguajar distinto e estranho, como se as letras fossem símbolos das quais eu não soubesse o significado. Hoje minha alma é triste. E embora haja tristeza, nela também há esperança. Dentro de todo sofrimento há uma lição. E muitas vezes a alma deve ser ensinada. Deve ser relembrada dos conhecimentos que nela adormeceram desde sua última encarnação. Talvez seja esse o nó de todo problema. Minha alma ainda está apagada. Minha alma é velha. Desejosa dos poderes de sua libertação. Talvez por isso eu tenha desejado a morte tantas vezes nessa vida. Quando o fim viesse, a neblina que tampa minha alma se desfaria e ao menos pelo piscar de um segundo eu poderia sentir a tão desejada paz que procuro.
Todos os anos as pessoas pedem ao chegar no novo ano, elas pedem por amor, elas pedem por dinheiro. Há alguns anos tenho pedido paz. Mas uma paz de alma. Uma paz de essência. Essa paz que vai me trazer a força para enfrentar o que deve ser enfrentado, mudar o que deve ser mudado, ter paciência quando não for o tempo certo, ter força para esperar o tempo e a sabedoria de conseguir discernir tudo. Talvez eu precise de um retiro. Talvez seja na meditação que minha alma irá de descongelar lentamente dos sofrimentos deste mundo. Talvez minha alma esteja sedenta do que lhe privo.
Talvez não haja nesse mundo a minha resposta. Talvez nesse mundo só haja a busca. Talvez a busca seja mais importante que o objetivo em si.
Enquanto durmo aos sons e o palpar das leves lágrimas que derramo, sinto que é chegada a hora de me recolher. De separar um tempo para que sozinha eu possa me buscar. Para que o meu corpo seja templo da alma que carrega e da velhice que a encerra. Para que eu seja merecedora das respostas. para que eu descubra aonde devo chegar, aonde devo ir.
Assim como essência, minha alma também é fugaz e indomável. Segue seu rumo, escolhe seus precipícios e suas cordas, eu apenas sigo os instintos que aprendi a respeitar.
Hoje meditarei. Irei orar pela iluminação. Pelo lugar que a alma descansa e se guarda.
A alma pensa pelo corpo. A alma sente pelo corpo. Hoje minha alma irá dormir, o sono que necessita.

Meus dias nublados...

Amanhã vou cancelar. Não estou no humor hoje e provavelmente não estarei amanhã. Me sinto um adereço hoje. Quanto eu me esforço, mando mensagens, sempre digo onde vou e o que faço, nunca recebo nada de volta. Tenho que entrar na internet pra saber das coisas. E isso me magoa muito.
Enquanto eu me preocupo para fazer o nosso mundo rodar, eu me sinto um adereço do dele, um enfeite.
Tenho pensado muito, e apesar de querer ter muitas esperanças, eu não tenho mais. Acho que as coisas estão começando a se estabilizar. Estou tentando voltar a sonhar com a gente, mas não consigo. Me sinto triste. Tenho sentido mais vontade de fazer coisas sozinha. Cada vez mais. Isso nunca é bom sinal. Hoje me vi não chamando mais para fazer coisas comigo. Pensei que ele ficaria lá calado, uma hora pediria para ir embora. Então ele acabaria com minha noite, porque precisava falar com minhas antigas amigas. Cada vez mais é difícil colocar ele na minha como antes eu queria. E antes eu queria tanto. Agora canso de tentar sozinha.
E o que isso me leva? A nada na verdade. A nenhuma resposta. A nenhuma solução. Agora não sei mais o que fazer. Isso me parece uma trava. Parece que minha vida para nesse ponto.
Continuo sem saber direito o que sinto. Tento me convencer de que ele se importa, mas não é isso o que ele me mostra.
Odeio sentir ciúmes, isso me corrói por dentro pior que o veneno mais tóxico desse mundo. Na verdade nunca tive ciúmes. Mas ali está, tudo o que me dá ciúmes. O fato de ele não me informar nada me dá mais ciúmes, daquela menina saber antes de mim. Logo ela, aquela que é sempre a que me dá ciúmes. Porque ele visita as fotos dela, ele comenta as fotos dela. E isso me tira do sério. Como se alguma forma ele tivesse uma atração por ela e eu sinto por dentro que é verdade. E que ela sente por ele é óbvio até para um cego. Me fervo de ciúmes.
Talvez isso me indique de que alguma forma sinto algo, mas o que? O estranho sou logo eu, analista de mim como sou, não saber. Gosto dele. Mas sinto como se ainda não fosse a hora da gente ficar junto. Como se eu talvez o estivesse preparando pra outra pessoa. E eu tenho medo de que ele a encontre e eu fique só antes. Talvez por isso me bata uma vontade injustificada de sair correndo primeiro.
Talvez o erro esteja o tempo todo em mim. Sou muito exigente e procuro por algo pronto que se encaixasse comigo quase que por mágica. Que me fizesse surpresas. Não sou o tipo de mulher que você tenha que gastar muito dinheiro para fazer surpresas. Ligar, mandar aquela mensagem, são coisas que me amolecem mais que manteiga. Aquele 'eu te amo' numa hora inesperada. E eu tento tanto fazer isso. Mas nunca ninguém fez. Eu ainda sou aquela garota à espera de um milagre. De alguém com atitude suficiente pra ser mais atitude que eu. Atitudes, algo que faço demais.
Eu ainda sou aquela menina romântica, que não consegue não ser romântica, que olha os casais na rua e suspira com aqueles casais que dão beijos sinceros, de olhos fechados, cujas expressões são de que ali, do outro lado da boca, ali está seu mundo perfeito.
Nunca fui o mundo perfeito de alguém. Nunca recebi surpresas, pra dizer a verdade nem festa surpresa nunca tive. Eu sou a pessoa que faz tudo e sempre. E eu sonho com isso todos os dias.
E debaixo disso tudo sou frágil, sou boba. Sou simples, e conquistada pelas simplicidades. Ele me magoa com uma facilidade incrível, na verdade agora vejo que me deixei vulnerável por ele e agora ele me machuca por tão pouco. Ainda quero as simplicidades. Por aquele olhar diferente. Por aquele jeito diferente de sorrir. E até pelas palavras bobas que o outro teima em me dizer.
O outro não sabe das asas que meu coração tem. Meu coração deve ter nascido no meio das palavras e dos livros doces, de histórias de amor que não existem mais, de amores impossíveis no nosso mundo mas possíveis no mundo dos livros.
Meu coração é imaginário.
E hoje dorme apertado e chateado, cheio de lágrimas contidas nos olhos, se sentindo desprezado e rezando para que um dia ele venha a se desabrochar por alguém nesse mundo. Porque até hoje, ele foi tocado, mas continua a se recusar a se abrir por tão pouco esforço.

26 de set. de 2011

A chuva veio lavar a minha seca...

Fim de semana. Eu não vou negar que tudo o que eu queria era mesmo ficar deitadinha em casa. Mas algo me fez aceitar a ideia de passar um fim de semana diferente. E aceitei. Não que tudo tenha sido flores, mas foram bem perto. Sinto que aos poucos ele tem conquistado meu perdão, minha vontade de começar tudo de novo, de não desistir da gente. Muito aos poucos devo salientar.
Gosto da maneira como ele me toca e como meu corpo responde. Nunca me canso de transar com ele. Meu corpo nunca se cansa. Gosto da maneira como ele dorme com a mão debaixo do rosto. Gosto como mesmo dormindo ele sempre quer estar perto, me abraçar, fazer meu corpo saber que ele está ali. Gosto como temos aumentado a abertura entre nós de falar sobre tudo. 
Não, ele não é perfeito. Mas pensando bem, eu também não sou. E sinto crescer o afeto que antes eu via morrer. Hoje vejo as mensagens em meu celular de pessoas que querem me ver, me ter, me possuir. São claras as mensagens de que se eu quiser, posso ser livre. No meio disso tudo aprendi que, realmente, ser livre nunca vai ser difícil para mim.
Minha alma é do mundo, ser solteira é como natural, apesar dos anos em que desejei o contrário.
Mas agora, vejo possibilidades, vejo carinho, vejo que ele se desloca da mesa pra sentar ao meu lado. Vejo eu começar a ser espontânea e fazer o que dá vontade.
Noite passado eu pedi ao meu anjo da guarda (esse ser maravilhoso e misterioso que guarda minha vida sempre) que desse a ele alguns momentos de sono. Meu coração se parte de ver que ele não dorme tranquilo. Sentiria um prazer enorme em vê-lo roncar.
Esse noite peço imensamente, que por acaso ou não, que ele faça de tudo pra ganhar meu coração de vez. Não desejo ser de mais ninguém, mas não posso dá-lo de graça de novo!

12 de set. de 2011

E o vento pode te trazer, mas também pode te levar....

Quem me dera as pessoas pudessem mudar simplesmente porque desejo isso. Porque de verdade, gostaria de ver isso acontecer. Hoje durmo com raiva, com muita raiva, de ter cedido a uma regra de ouro minha: jamais dê uma segunda chance, se alguém não soube aproveitar a primeira, estragará tudo na segunda.
Vejo lentamente o que sinto ir morrendo, sem a água as flores murcham, ficam irrecuperáveis. Se antes ele não sabia o que sentia, agora quem sente graves dúvidas sou eu. De alguma forma estou completamente convencida de que os sentimentos dele são pequenos e poucos, algo como "o amor que tu me deste, era vidro e se quebrou, o amor que por mim tinhas, era pouco e se acabou".
Agora, deixo nas mãos dele as decisões. Se ele me procurar, se ele quiser fazer isso funcionar. Se ele estiver disposto a propor coisas, a chegar com a ideia de algo que possamos fazer juntos, porque me parece que as minhas propostas são uma forçação de barra.
Me sinto burra, como alguém que apesar de ver a impossibilidade de sua aposta, aposta assim mesmo.
Não entendo o que mais posso fazer, como fazê-lo entender o que ele deve fazer. Se ele me perguntasse o que eu acho que ele deveria fazer eu diria "acho que vc deve pesar se gosta de mim o bastante pra fazer as coisas diferentes desta vez, se quer fazer com que as coisas façam sentido, se quer fazer de mim sua namorada de verdade ou não tem jeito mais".
Verdadeiramente, não consigo mais brigar. Essa energia tem me imobilizado. Me sinto a chata, a implicante, por me esforçar tanto para que esse relacionamento seja real, porque até agora tem sido uma sombra que as vezes fica mais clara e as vezes, escurece. Não mentirei que tem melhorado. Que conversamos mais. Mas as sementes das palavras cruas e venenosas estão aqui todo momento. Um dia duvidei, essa dúvida morreu e agora nasceu outra em seu lugar. Agora fico aqui, sentada em frente à mesma tela me perguntando apenas "ainda vale a pena ou você apenas insiste? E se insiste, porque?"

6 de set. de 2011

Um dia a vida vai melhorar...

Tah, não reclamo e nem agradeço das calmarias que minha vida, por ventura, atinge. Porque os pequenos ventos as vezes viram tufões,  eu chorei bastante nesse último. Ainda não tenho certeza se o que fiz foi certo. Ás vezes eu gostaria de saber mais, ter mais certeza de que estou certa. Mas essa certeza não vou ter.
Enfim, voltamos. Não vou mentir de que um certo alívio se instalou quando decidi terminar. Porque aquelas brigas, continuar sofrendo estava me matando. Mas ainda restava uma dúvida, porque eu sonhei tanto que ainda me questionava se havia alguma forma de consertar tudo.
Ele pediu, eu consenti. Foi coisa assim. Não, não voltamos ao que era, algumas coisas se quebraram. Agora não acredito tanto mais em nós, não acredito em "pra sempre" mais. Agora parei de sonhar, de achar que a gente pode sonhar com alguém pra vida toda. Aprendi que isso machuca muito quando a gente briga, que faz a gente assistir esse sonhos desvanecendo no ar e chora sem saber o que fazer. Agora vou ficar com ele, se der certo, bem, se não, vou tocar a minha vida.
Também aprendi outras coisas com esse término de 2 dias. Se eu quiser terminar com ele, vou sofrer mas vou sobreviver, ninguém é insubstituível, é possível seguir com a vida. Eu achava que seria mais difícil, mas parece que as minhas experiências anteriores me mostraram isso. É possível sim. Não que eu queira. A diferença está toda ai. Eu escolhi que quero ficar com ele, ele já me fez tanto feliz, e podemos ser de novo (eu acho).

Agora parei de ser tão romântica, não quero mais sentir aquele amor maluco maior que eu, porque foi nele que eu me perdi, fiz o outro acreditar nesse amor e foi dolorido ver o outro gozar do meu amor, como se eu não fosse capaz de largar ele nunca, que seria capaz de ficar sofrendo por não conseguir largar o outro. Não vou mentir que as palavras dele ainda estão aqui, todas comigo, dormindo e me fazendo pensar todos os dias. Elas me fazem duvidar do que eu não duvidava mais. Agora eu não tenho mais certeza do que ele sente. Agora faço o que meu coração tem vontade de fazer, mas ele sempre tem medo, de estar se mostrando pra alguém que não o quer, que não vai cuidar dele. Sensação que tenho o tempo todo.

Agora é tudo vento, agora nada mais de planos, agora eu vivo o hoje.
Bem: Rent - Life Support
""Look, I find some of what you teach suspect
Because I'm used to relying on intellect
But I try to open up to what I don't know
Because reason says
I should've died three years ago
There's only us
There's only this
Forget regret or life is your to miss
No other road
No other way
No day but today"


Mas não deixo de escutar umas músicas que eu bem gostaria que fossem verdade.
"Você contou pra galera toda que se apaixonou por mim
Mas não tem certeza do meu sentimento não sabe se eu tô afim
Que foi que deu em você ?
Será que não percebe em meu olhar
Na minha paixão e no beijo meu
O que eu faço pra você acreditar
Na minha paixão e no beijo meu
O que eu faço pra você acreditar

Eu te amo eu te adoro
Eu faço tudo por você
Meu coração é seu
Esquece o medo e vem
Não tem perigo de me perder meu bem" Jorge e Matheus


Eu espero que durante os próximos dias e meses, eu esteja errada, que as coisas melhorem, que eu volte a sonhar mais (coisa que sempre gostei e faz parte do meu ser). Gostaria de não me sentir pessimista mais. Gostaria de ser cuidada. Mas não vou esquecer de me cuidar nunca mais.