29 de jul. de 2014

Conto 01

"Ela entrou no quarto do motel em minha frente. Em todo o caminho, apoiei a mão na parte baixa de suas costas e senti todo o seu nervosismo. A musculatura dela estava totalmente tensa.
Ela entrou, colocou a bolsa na mesinha de canto. Achei corajosa, geralmente elas sempre se protegem com a bolsa. Ela sentou na ponta da cama simples, no quarto branco e com apenas uma janela. Tranquei a porta. Me virei e a vi sentada, como se houvesse alguma espécie de casualidade naquele nosso encontro. Mas só era a nossa primeira vez, nosso primeiro encontro. Ela veio vestida de acordo com o combinado, provocante e no entanto recatada. Agora, ela encara o chão e parte do seu rosto permanecia escondido pelos cabelos. Desliguei todas as luzes, peguei algumas das velas que ela trouxe e acendi algumas na mesma mesa do canto onde estava a bolsa dela.
Ela sentada, me observava.
- Onde está o lenço que eu te pedi?
- Aqui.
Ela retirou o longo lenço azul e delicado da bolsa, era mais que perfeito para ela. Combinaria bem.
- Fique de pé, de costas para mim.
Ela obedeceu de pronto, não havia nem sequer um sinal de hesitação e eu sorri com essa constatação, dobrei o lenço de forma que ele ficasse espesso. Coloquei o lenço em torno de seus olhos, agora vendada, ela respirava mais rápido, dei um nó firme mas não apertado demais.
Pude então me dispor a observá-la. Meias pretas e uma saia muito curta e colada, salto muito alto e preto, uma blusa colada e preta com duas borboletas prateadas bordadas em cada ombro.  A brancura de sua pele ficava realçada em cada pedaço de pele mostrada. Seus lábios grossos estavam tensos, suas mãos longas e femininas, ela as colocou pra trás como se eu a tivesse pedido. Submissa e nem percebia, naturalmente submissa, um tipo raro de se ver. Seus cabelos longos, ruivos e encaracolados pareciam emoldurar o rosto lindo e os olhos de um verde profundo, por detrás da venda. Ela me parecia uma visão.
E por mais que a roupa denunciasse suas formas curvilíneas e generosas, eu senti por dentro o desejo crescer vagarosamente, enquanto passeava meus olhos por ela. Panturrilhas generosas, pernas grossas e definidas, quadris largos em proporção, uma cintura afinada, seios mais que generosos, um colo liso e um rosto de anjo. Mas eu já havia visto aquele tipo de fogo nos olhos dela, havia a tentação, havia necessidade e algo mais que eu anda não havia definido. Agora o show podia começar.
Caminhei por ela, fiquei atrás dela, baixei meu tom de voz para aquele tom que vem de dentro de mim, daquele meu lado que estava ansioso a tarde toda por essa noite, aquele que domina. Encostei meus lábios em seu ouvido e mesmo baixo, senti o meu tom mais firme surgir.
- Você sabe que daqui para frente não há mais volta, uma vez que se deslumbra a escuridão, se perde a inocência. - Ela apenas concordou com a cabeça, seu nervosismo fazia sua respiração cada vez mais rápida. A venda era em parte uma ajuda, para que ela pudesse se libertar um pouco do choque de me ver.
Sentei-me na cama, ela estava a dois metros de mim. As mãos ainda para trás, se contorciam.
-Se dispa. Vagarosamente. Quero ver o que agora vai passar a ser meu.
Sei que o seu nervosismo não lhe permitiu que fosse graciosa, ela fez como um gesto mecânico, de tirar as roupas para o banho ou algo do tipo.
Desceu do salto, baixou a saia e a meia calça preta. Estava vestindo uma calcinha preta, e sua pele era ainda mais alva do que eu imaginava. Tirou a blusa e o sutiã negro realçava as formas dos seios volumosos dela.
Ela agora mantinha as mãos atrás, incerta do que fazer.
- O resto.
Ela então baixou a calcinha e os pelos do seu monte de vênus eram igualmente loiros como os pelos do resto do corpo. Tirou o sutiã e os seios de mamilos rosados já estavam duros, tamanha era a excitação que acompanhava seu nervosismo.
- Dê uma volta, preciso ver tudo.
Vi em seu rosto um certo constrangimento, ora, ainda não tínhamos intimidade e eu sabia que aquilo de  certa forma era difícil, mas eu estava me deleitando com aquela visão. Ela é alta, mas atlética e curvilínea como a maioria das garotas hoje não é mais, enquanto dava a volta, suas nádegas redondas e firmes sequer se balançaram. Eu podia ver os músculos de suas pernas retesados, ela era bela em todas as proporções, uma mulher farta na medida, grande e forte o bastante para aguentar o que eu havia planejado para ela. E mesmo assim eu pude ver a fragilidade escondida nela.
Ela então voltou a ficar de frente. Me levantei, caminhei até ela, passei as costas de minhas mãos pela bochecha dela, e desci pelo colo, até o seio e a barriga. Me aproximei.
- Nunca outro homem vai te tocar assim, você me pertence agora, nenhum outro homem vai tocar você. Você é um sonho lindo que eu tive, agora vou poder saborear cada pedaço de você.
Sentei-me, puxei-lhe pelo pulso, até que eu estivesse deitado e ela em pé na frente da cama, sua respiração mais rápida ainda.
- Suba na cama e se ajoelhe ao meu lado.
Em meio a privação da visão, ela subiu desajeitada e ficou de joelho. Eu pude então me sentar e com as mãos em seus ombros, comecei meu doce caminho pelo corpo dela, esse tipo de saboreio que provém do paladar mais afinado, sei que esse tipo de carícia desperta os desejos mais profundos nas mulheres mas também me deixa zonzo e tenho que ser muito firme comigo para não me perder do plano original.
Passei as mãos pelo colo dela, acariciei de leve o seio direito, passei pela barriga, acariciei uma coxa, e podia ver seu corpo se retesar, a respiração agora muito rápida. Baixei a mão e encontrei seus lábios, mais que úmidos, ela pingava e com apenas um movimento enfiei meu dedo polegar em seu buraco úmido. Ela suspirou com o movimento inesperado, meu deus ela era apertada, meu dedo já era grande demais e eu sentia as paredes dela se apertando mais.
Movimentei meu dedo para fora e para dentro e ela soltou a cabeça para trás e soltou um grande gemido de alívio. Mas logo retirei meu dedo, apenas precisava provar e saber como seria minha jornada nas próximas horas. Não consegui me segurar e chupei meu dedo.
Sentei-me e a beijei, e aqueles doces lábios me envolveram, ela era um doce de infância há muito esquecido, havia eletricidade, e ela me abraçou. Ela beijava tão carinhosamente, seus lábios fartos me deleitavam. Senti todo o meu desejo pulsar apenas com o beijo dela. Passei a caminhar com as mãos pelo corpo dela, ela era igualmente branca e macia, em todos os lugares eu já imaginava sua pele mais rosada, seus gemidos. Tive que parar de beijá-la pois estava perigosamente caminhando para a perda do meu controle, e essa noite eu queria o controle total sobre ela.
A deixei ajoelhada e me afastei, fiquei de pé, atrás dela, e massageei os ombros, os braços, voltei aos ombros e desci aos seios, quase não cabiam em minhas mãos. Desci para a barriga e não pude me conter de alisar as pernas fortes dela, já podia imaginar ela por cima de mim.
A coloquei de pé, e vagarosamente, a guiei até o banheiro.
- Algum problema em molhar seus cabelos?
- Imagina. Nenhum.
A coloquei de pé debaixo do chuveiro, e apesar da pouca luz, me parecia uma cena de filme, abri o chuveiro e ela apenas inclinou a cabeça para trás, e mesmo com a venda, ela ficou parada, enquanto a água molhava o corpo dela. Fiquei calado e ela nem sequer mexeu na venda.
Suas mãos estavam cruzadas e ela docemente me esperava, parecia feita sob medida para o meu tipo de espera. As mulheres gostam da espera e essa é uma arte difícil de dominar, geralmente somos dominados pelo desejo e queremos partir para os finalmentes, mas a doce espera, as deixa completamente zonzas e gritam mais longamente.
Enquanto me deliciava com a visão dela debaixo d'água, me atentei à voltar ao plano inicial.
- Fique aqui, não retire a venda e permaneça no mesmo lugar, nem se mova.
Voltei ao quarto, respirei fundo, precisei me concentrar e me lembrar de todo o meu estudo e treinamento, a primeira noite se torna crucial porque é quando se começa a conhecer a sua submissa, os limites e ganhar a afeição dela. E quando também começo a me apaixonar por ela, e perceber a beleza única que cada mulher carrega.
Retirei minhas roupas e vislumbrei minha ereção massiva, dura feito pedra, pedindo por aquele corpo que pacientemente me esperava.