20 de mar. de 2011

Falling into you...

Qual é o limite? O que precisamente divide a fronteira entre os meus lábios e os seus?
O que é diferente entre a minha pele a sua? Como posso saber onde começa o meu cheiro e o seu?
Como posso eu saber aonde começa meu desejo e termina em seus beijos?
Como pode alguém me beijar e determinar que todo o desejo do meu corpo seja desviado para ele?
Como posso eu deixar que alguém incendeie meu corpo só com a respiração inconstante dele?
Como posso eu me entregar e entregar meu corpo todo nas mãos de alguém que não saber fazer menos que me dar prazer?

Existe algo de sombrio e me deixar ser intimidada assim, pela mera presença do cheiro de alguém. Não minto que agora os álcool que permeia meu corpo potencializa os efeitos do que eu digo e os fazem parecer mais bonitos e mais românticos. Mas não há nada de romântico, o que sinto é um desejo puro e claro de estar com alguém e ser eu mesma, sem limites, sem barreiras, sem fronteiras, sem julgamentos. Quero que ele me veja não só nua, mas também como sou. Quero que se ele se apaixone, que ele se apaixone exatamente pelo o que sou. E talvez expondo de modo tão frágil minha carne, meus defeitos, minhas loucuras, ele aprenda a gostar.
E que eu possa então cair por ele, em sua totalidade, mas abraçando minhas fragilidades (que eu busco tanto esconder e não deixo ninguém saber) para que ele goste até quando sou frágil, quando precisar que ele cuide de mim.

Mas tudo isso terá que esperar, meus jogos ainda estão na mãos, ainda não sei o que o outro têm em suas posses, e ainda não decidi o que apostar. Sei muito bem o quanto posso jogar, até onde posso apostar. A pergunta que fica: é até onde o outro jogador será capaz de ir, capaz de me fazer abrir meu jogo? De apostar tudo o que eu tenho?

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