16 de mar. de 2011

The Kill - 30 Seconds to Mars

A sensação de uma folha em branco na frente do computador é nova, fazia uma grande falta. No momento sou um furacão de sensações, sinto raiva, sinto vontade de sumir, sinto vontade de me perder nos braços de alguém, só pra nunca mais me achar.
Sinto uma vontade de estar num sentimento que não estou. Ainda não, ele ainda não. Mas isso tudo que tem me acontecido em volta tem me entorpecido os sentidos. Não sei mais diferenciar o que é meu o que é nosso. A minha felicidade, o que eu estava vivendo de tão bom, tão novo, tão naturalmente deixar acontecer, esse fio dourado foi cortado com rudeza, por uma faca já cega. Agora não sei o que sinto. Preciso vê-lo.
Talvez eu devesse juntar minhas necessidades. Fazer um sexo selvagem, com mãos fortes, marcas de dor e excitação juntas. Onde eu perdesse ali a raiva, a necessidade do outro, e encontrasse prazer e paz.
“A boca dela me parecia uma necessidade física, eu não conseguia mais distinguir onde a minha começava e a dela terminava. Eu a beijava com uma necessidade urgente que crescia no meu ventre, como se eu precisasse estar dentro dela e sentir o sabor daquela pele.  Eu a apertava, mas apertar aqueles tecidos não me faria parar. Precisava da pele dela. Talvez eu tenha sido rude demais, ouvi a blusa dela ceder a costura, quase rasgar.
Era essa minha urgência.  A pele dela respondia como a respiração forte dela, eu a apertava sem pesar minha força, sem pensar se já havia chegado ao limite da minha força. Eu me senti enlouquecendo de vontade por ela.  Tive que mudar de posição, tirá-la de cima de mim, jogá-la na cama com toda aquela brusquidão e tirar aquelas calças jeans com rapidez. Ávido. Eu salivava e sentia minha respiração tão rápida quanto meu desejo.
Ela se contorcia e parecia me desejar ainda mais. Eu não sabia mais o que fazer, despi-la por inteiro iria me levar à loucura, eu ainda precisava me perder nos beijos dela, até que eu realmente perdesse a consciência. Quando ela avançou em direção aos botões da minha calça, a minha urgência urrou, meu prazer quase se derramou ali. Sentia estalos de dor pelo corpo, por ainda não consumir toda aquela vontade. Ainda tinha que beijar ela toda, provar cada centímetro de pele até que visitasse cada pedaço que ainda restasse nela, eu só pararia até ter ela por inteiro. Minha, eu gritava por dentro, ela é minha.
Tive que parar e encarar aqueles olhos, esses olhos que me faziam perder a noção de espaço, e só de ver o busto dela se levantando na busca do fôlego que matasse a nossa vontade, eu me perdi. Precisava estar dentro dela. Tive que consumar tudo ali. Estar dentro dela parecia um inferno no céu, quente, preparada, ela gemia meu nome. Eu a apertava com toda força possível, como se a fosse parti-la em dois e ela gritava, gemia, se contorcia. Tive que puxar os cabelos dela, queria ela toda, os cabelos, as unhas que ela cravava na minha pele. Meu prazer se exorbitou e eu tive que me deixar morrer instantaneamente. Tive que fechar meus olhos e gozar de todo prazer que ela havia me proporcionado. Tive que procurar ainda a boca dela, precisava terminar como começara, provando daqueles lábios. E agora eles pareciam mais doces ainda. Minha.”

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